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um blog de Nuno Gouveia
29 maio 2003
envolto, no prazer da solidão,
sinto o impulso a guiar a minha mão e a pousar no papel,
e a gerar confusão.
envolto, no maior silencio que é ainda possivel,
escrevo a apontar ao çéu.
adormeço, inteiro. tento explicar isto em meia duzia de vocábulos.
o que nada tem para ser dito.
o silencio que vem de dentro,
nascido no centro de uma ideia qualquer.
vai cair o copo que está na beira da mesa,
e eu, que lá estou dentro, despeço-me deste mundo.
adeus aquario enfeitado.
adeus, velho silencio.
vou estilhaçar sobre os teus projectos,
e verter sobre o teu chão.
transborda-me o coração do medo e do desejo de cair.
o impulso é meu amigo;
dá-me mais um segundo, para decidir...
nem penso duas vezes.
sei bem o que quero.
caio para poder partir, para que um novo silencio possa surgir.
Nuno Gouveia
sinto o impulso a guiar a minha mão e a pousar no papel,
e a gerar confusão.
envolto, no maior silencio que é ainda possivel,
escrevo a apontar ao çéu.
adormeço, inteiro. tento explicar isto em meia duzia de vocábulos.
o que nada tem para ser dito.
o silencio que vem de dentro,
nascido no centro de uma ideia qualquer.
vai cair o copo que está na beira da mesa,
e eu, que lá estou dentro, despeço-me deste mundo.
adeus aquario enfeitado.
adeus, velho silencio.
vou estilhaçar sobre os teus projectos,
e verter sobre o teu chão.
transborda-me o coração do medo e do desejo de cair.
o impulso é meu amigo;
dá-me mais um segundo, para decidir...
nem penso duas vezes.
sei bem o que quero.
caio para poder partir, para que um novo silencio possa surgir.
Nuno Gouveia