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um blog de Nuno Gouveia

17 junho 2003

Ser 

o pássaro espreita do alto da cupula.
o maravilhoso mistério contudente
aquece e arrepia.
flecha na fantasia, de certo José no tabuleiro de xadrêz.
do que digo só sabe o poeta,
que brinca ligeiro com os simbolos da vida.
ser. isso é não ser.
não ser. isso é ser.
a propósito das corridas, as palavras não podem ser arrependidas;
tanto saber dentro de um pneu, só pode esperar que não haja um furo lento,
se não, tem que se fazer á vida e jogá-la como todos os outros.
emprestam-se sentimentos;
trocam-se sentimentos;
vendem-se sentimentos.
apregoam-se no ar, bem à vista de deus.
venha de lá uma pergunta mágica.
quem é o outro dos que falam de mim?
corre o tempo, pois corre, corre o rio.
corre comigo daqui para fora.
a liberdade! sim, a liberdade;
de ser suspeito de tudo e todos.
Nuno Gouveia

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