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um blog de Nuno Gouveia

27 junho 2003

todo o desejo contido no beijo;
todo o saber contido no tempo;
toda a recompensa contida na dávida
e todo o poema contido no homem.

todas as coisas contidas nas coisas,
mais não são que coisas,
contidas no adeus.

todo o querer contido no nada
e já nada se perde do amor que se contem.
fixa-me cidade.
olha como dobro a esquina da tua rua...

todo o desejo contido no beijo,
esvoaça no bico,
da pomba que em ti habita.

roda o carro contido no sorriso,
e eu contemplo o teu sono irrequieto.
sonha, cidade.
sonha comigo contido neste abraço.
embebecido.

Nuno Gouveia " sobre Lisboa
"

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