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um blog de Nuno Gouveia
05 junho 2003
um comboio quis partir cedo,
e uma pessoa atrasou-se e não o apanhou.
por pouco ficou,
a ver navios junto ao rio,
e riu, de perder comboios e de fazer esperar pessoas.
cantou baixinho canções de amigo,
e amou o vazio que trazia o rio.
não sabia que dizer ou pensar;
todos os rios corriam para o mar.
todo o poema se dissolvia e tornava a criar.
tudo se perdia, constantemente,
e pouco importava um comboio na sucessão maravilhosa
de um mundo a rodar.
o unico mal de aqui estar, pensou:
é não se poder para sempre aqui ficar.
Nuno Gouveia
e uma pessoa atrasou-se e não o apanhou.
por pouco ficou,
a ver navios junto ao rio,
e riu, de perder comboios e de fazer esperar pessoas.
cantou baixinho canções de amigo,
e amou o vazio que trazia o rio.
não sabia que dizer ou pensar;
todos os rios corriam para o mar.
todo o poema se dissolvia e tornava a criar.
tudo se perdia, constantemente,
e pouco importava um comboio na sucessão maravilhosa
de um mundo a rodar.
o unico mal de aqui estar, pensou:
é não se poder para sempre aqui ficar.
Nuno Gouveia