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um blog de Nuno Gouveia
07 novembro 2003
o caminho
escureceu, a memória infantil.
os largos braços do tempo,
abraçam-na com ternura.
a arte sorri por cima de um homem,
filhas do espaço, regozijam-se as estrelas.
cada uma das coisas vivas se lança numa aventura.
se na minha acontecem as palavras,
tambem nas outras algo acontece.
o cosmos pula e não se esquece,
do previlégio radioso.
tudo arrasta com o seu avanço,
até as ideias que se querem agarrar.
o que se agarra é somente poeira,
miragem, cegueira, prestação casual.
quanto afinal, é cheio no caminho?
respiro mas não ouço,
o rugir do grande poço.
caio apenas como todos os astros.
a grande corrente, nada tem a provar,
nem que sabe, nem que não sabe,
o caminho é assim, vazio.
a Deus nunca ninguem viu,
e o amor ninguem pode traduzir,
mas sempre, o que vive, sabe por onde ir,
arrastado na corrente de verdade, por tudo o que sente.
por cima de um homem, pende o seu astral,
e de todas as coisas, é esta a mais real.
Nuno Gouveia
os largos braços do tempo,
abraçam-na com ternura.
a arte sorri por cima de um homem,
filhas do espaço, regozijam-se as estrelas.
cada uma das coisas vivas se lança numa aventura.
se na minha acontecem as palavras,
tambem nas outras algo acontece.
o cosmos pula e não se esquece,
do previlégio radioso.
tudo arrasta com o seu avanço,
até as ideias que se querem agarrar.
o que se agarra é somente poeira,
miragem, cegueira, prestação casual.
quanto afinal, é cheio no caminho?
respiro mas não ouço,
o rugir do grande poço.
caio apenas como todos os astros.
a grande corrente, nada tem a provar,
nem que sabe, nem que não sabe,
o caminho é assim, vazio.
a Deus nunca ninguem viu,
e o amor ninguem pode traduzir,
mas sempre, o que vive, sabe por onde ir,
arrastado na corrente de verdade, por tudo o que sente.
por cima de um homem, pende o seu astral,
e de todas as coisas, é esta a mais real.
Nuno Gouveia