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um blog de Nuno Gouveia

03 fevereiro 2005

EXECUTIVEL 

Frágil arbitrio, julgar as pessoas.

dizer que são, isto ou aquilo,
e dizer depois que se tem pena delas.
de que servem tantos chavões, se o tempo de aprender
é o tempo de uma vida?!
de que serve de alguém, dizer que não presta, se esse alguém existe
e pode ser tocado?
a quem pertence a razão, se no meio da lição?
quem pode atirar a milésima pedra?

É para nós que podemos olhar.

É de nós que devemos ser juiz,
e ter fé nesses outros e no seu julgamento.
quando lhes dispomos o nosso peito aberto,
é que eles baixam defesas, bem devagarinho.
quando acreditamos na verdadeira natureza do ser,
é que somos capazes de doirados silencios e de poemas no escuro
e de vitórias sobre a ilusão.
mais fácil é acusar o outro,
que é mau e porco, louco e doente.
bruto insensivel, que é culpado, está na cara.
mas de quê, vos pergunto, pedras.
que culpa pode haver na música das esferas?!

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