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um blog de Nuno Gouveia
03 fevereiro 2005
SOL auto-existente AMARELO
Estavas nas traseiras do meu pensamento,
num quarto ultimamente pouco usado,
despercebido do resto da casa.
Julguei poder...
esquecer que ali estavas, que na ilusão da sequencia da vida só se acredita
no que se quer.
Estavas para mim como um hábito mal tratado, mentira, estavas para mim.
O tempo encarrega-se de nos fazer rodar e a casa move-se e tudo se mistura.
Que pena, ter que magoar, sair sempre a perder, esgotar o coração.
Estavas ali, o tempo todo, e eu levando a vida, arrumando a casa,
evitando as traseiras, negando essa presença, recusando essa força.
Porquê, me pergunto agora, num breve espaço entre duas cambalhotas,
sentimento vivo, nada zen e urgente.
Fatalmente me doi a existencia, humanamente fraca,
como uma planta fustigada, pelos demais elementos que a tornam real.
Estavas dentro de mim e sorrias constantemente.
Estavas tão plena do amor que te tenho, que toda a casa se refez paisagem.
Estavas viva.
num quarto ultimamente pouco usado,
despercebido do resto da casa.
Julguei poder...
esquecer que ali estavas, que na ilusão da sequencia da vida só se acredita
no que se quer.
Estavas para mim como um hábito mal tratado, mentira, estavas para mim.
O tempo encarrega-se de nos fazer rodar e a casa move-se e tudo se mistura.
Que pena, ter que magoar, sair sempre a perder, esgotar o coração.
Estavas ali, o tempo todo, e eu levando a vida, arrumando a casa,
evitando as traseiras, negando essa presença, recusando essa força.
Porquê, me pergunto agora, num breve espaço entre duas cambalhotas,
sentimento vivo, nada zen e urgente.
Fatalmente me doi a existencia, humanamente fraca,
como uma planta fustigada, pelos demais elementos que a tornam real.
Estavas dentro de mim e sorrias constantemente.
Estavas tão plena do amor que te tenho, que toda a casa se refez paisagem.
Estavas viva.