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um blog de Nuno Gouveia

12 fevereiro 2006

Ao contrário 

Por Deus, ao contrário.
Subo à tona para respirar o ar aflito,
também eu necessitado dele,
a fazer o biscate e creditar algum tempo são.
Pelo encontro, ao contrário.
O outro em mim e eu no outro,
a decantar pós de estrelas para o fermento
da criança dos dois.
Juntos e depois, mais tarde, a fazer rir,
a arrepiar a realidade livre,
a contradizer, sempre com graça.
Por mim, ao contrário,
sem chagas nos pés cruzados,
nem nas mãos separadas.
Meu tecto coberto de divindades,
dançem comigo sobre a minha cama,
ao contrário do que fazia crer,
este dia de inverno,
sem lenha sequer nenhuma.

(N.G.)

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