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um blog de Nuno Gouveia

11 fevereiro 2006

Veleiro 

Veleiro, sobre a canção dentro de mim.
Realidade e sonho, criando uma infãncia
sempre filha do mistério, e quando o que toco
não vejo ou o vejo e não toco, ás vezes é assim.
Veleiro no nevoeiro em mim,
e lá no centro um espaço onde brincar
a tudo o que é belo e importante,
a tudo o que é, a tudo o que é...
Pois meu semelhante, senhor como eu na rua,
olha-me e evita-me na excitação das ondas,
veleiro sobre o medo em si.
Podia dizer-lhe como tudo são circulos,
nós todos neste mar em nós.
Realidade e sonho, nossas figuras tristes,
veleiro sobre as tempestades que perduram
como nós perduramos, tão para lá de nós.
E eu que só do mistério sou profeta,
e que nunca vi na realidade coisas mais certas do que nos sonhos,
veleiro sobre a sensação de viver.
À vista.
Terra, miragem.

(N.G.)

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